18 de junho de 2009

LO-LI-TA [again]

"Olha, olha o que você fez, olha só como você se machucou", pois havia, eu juro, uma mancha amarela arroxeada em sua adorável coxa de ninfeta, que eu massageava e lentamente envolvia com minha manzorra cabeluda... e, como suas roupas de baixo eram tão sumárias, aparentemente nada impedia que meu musculoso polegar alcançasse o oco de sua virilha... assim como quem faz cosquinha e acaricia um bebê que se sacode de rir, apenas isso... e: “Ah, não foi nada!”, ela exclamou num tom de voz repentinamente agudo e estremeceu, contorceu-se, atirou a cabeça para trás, seus dentes mordendo o úmido lábio inferior, o rosto agora voltado para o lado – e minha boca gemente, senhores membros do júri, quase tocou seu pescoço nu enquanto eu
comprimia contra sua nádega esquerda os últimos espasmos do mais longo êxtase que qualquer homem ou monstro jamais conheceu.

[Nabokov em Lolita]

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