20 de maio de 2009

Um lugar...

Ela sabe que ele gosta dela.
Ele sabe que ela gosta dele.
Às vezes se ignoram.
Ele por preferência pelo implícito,
ela porque aprendeu a dançar conforme a música.
Já perderam a conta de quantas vezes sofreram de saudade,
e nem sabem mais se é tudo uma questão de orgulho ou de sobrevivência.
Mas sabem que o sorriso seguro é de fachada,
e o impulso de ir embora é puro condicionamento.

Embora vivam de palavra,
e de vez em quando sintam falta delas,
seguem a vida tranquilos porque aprenderam na prática
aquela antiga regra matemática das retas paralelas, que,
mesmo escondidinhas,
se encontram no infinito.
E pra sempre.