Hoje,
quase um ano depois da sua morte, quase consigo falar de você sem lágrimas.
Talvez, um dia,
eu consiga pensar em você sem esse nó na garganta, sem o grito que contive ao receber a triste notícia do seu acidente, sem a sensação de desespero e de impotência diante de Deus, dos fatos, do Tempo, da estrada...
Aqui,
a nossa vida segue,
gente se forma, gente se perde, gente se distancia, gente se aproxima.
Essa história de ser adulto me assusta tanto,
e sem você aqui me assusta mais. Porque do seu lado, as coisas, de uma forma ou de outra, tornavam-se mais justas e mais doces.
Você foi uma pessoa ímpar,
gosto de pensar que ainda é.
Há um ano o mundo perdia alguém iluminado,
e não cabe a nós questionar sua partida.
Há um ano o mundo ficou mais feio,
menos justo,
silencioso.
A saudade engole minhas palavras.
É o que sinto.
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