7 de outubro de 2009

Só saudade.

Hoje,
quase um ano depois da sua morte, quase consigo falar de você sem lágrimas.
Talvez, um dia,
eu consiga pensar em você sem esse nó na garganta, sem o grito que contive ao receber a triste notícia do seu acidente, sem a sensação de desespero e de impotência diante de Deus, dos fatos, do Tempo, da estrada...
Aqui,
a nossa vida segue,
gente se forma, gente se perde, gente se distancia, gente se aproxima.
Essa história de ser adulto me assusta tanto,
e sem você aqui me assusta mais. Porque do seu lado, as coisas, de uma forma ou de outra, tornavam-se mais justas e mais doces.

Você foi uma pessoa ímpar,
gosto de pensar que ainda é.

Há um ano o mundo perdia alguém iluminado,
e não cabe a nós questionar sua partida.
Há um ano o mundo ficou mais feio,
menos justo,

silencioso.

A saudade engole minhas palavras.
É o que sinto.

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