1 de abril de 2009

Longe, longe, longe, aqui do lado...

Como você sabe, dirás feito um cego tateando, e dizer assim, supondo um conhecimento, faria quem sabe o coração do outro adoçar um pouco até prosseguires, mas sem planejar, embora planejes há tanto tempo, farás coisas como acender o abajur do canto depois de apagar a luz mais forte , criando um clima assim mais íntimo, mais acolhedor, que não haja tensão alguma no ar, mesmo que previamente saibas do inevitável das palmas molhadas de tuas mãos, do excesso de cigarros e qualquer coisa como um leve tremor que, esperas, não transparecerá em tua voz. Mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, sim você sabe, a gente, as pessoas, infelizmente têm, temos, essa coisa, emoções, mas te deténs, infelizmente? O outro talvez perguntaria por que infelizmente? Então dirás rápido, para não desviar-te demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas as pessoas, têm, temos - emoções. Meditarias: as pessoas falam coisas, e por detrás do que falam há o que sentem, e por detrás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra...

[Caio F. Abreu]

Um comentário:

Anônimo disse...

meu blog favorito!

agora tbm tenho,e pretendo varar noite escrvendo,ate criar coragem de postar(quem dera se coragem eu pudesse comprar na farmácia né?risss


até