...por que elas acreditam, então?, perguntávamos todos no último capítulo sobre as pinoquices infantis dos hombres. Com a ajuda da comadre Dory Hollander e do copo sobre a mesa branca, tentaremos desvendar o mistério.
A psicóloga bagaceira arrisca várias respostas. Uma delas: as mulheres acham que ceticismo e romantismo não podem andar juntos, sob pena de estragar as coisas. Bonito isso, minha gente.
Dona Hollander nos separa, os machos, em dois blocos: os perigosos e, digamos, aéticos, que abusam da mentira, que enganam por "esporte e lucro", de forma inescrupulosa; os mentirosos ocasionais, que se mostram dissimulados sob pressão e desviam a realidade com pequenas lendas, artifícios para se livrar da "fúria feminina".
Nessa categoria estão também aqueles que poderíamos chamar de canalhas líricos, inocentes galanteadores como o personagem Bertrand Morane, no filme "O homem que amava as mulheres", do velho Truffaut, padrinho sentimental deste cronista.
Dublês de d. Juans, os Bertrands apenas enfeitam, douram a realidade nas suas peregrinações em busca das mulheres.
Seja qual for a sua classificação, a leitura do livro "As mentiras que os homens contam" pode ser feita de forma séria e compenetrada, na linha auto-análise, ou apenas como um delicioso chiclete para a mente, ora. Fiquem, pois, queridas leitoras, como essa pequena amostra grátis:
"As únicas fantasias sexuais que tenho são com você".
"Você é maravilhosa, merece alguém melhor do que eu".
"Relaxe, é apenas uma amiga".
"Vou deixar minha mulher".
"O que me atrai em você é a sua mente".
"Não, não acho você gorda".
[Xico Sá]
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