2 de dezembro de 2008

MEC

"Se alguém soubesse do que digo e do que quero e aceitasse o que eu decidisse aceitar, do pouco de mim que tenho para dar, então sim entregar-me-ia, a essa pessoa, e seria dela, com as letras e os cuidados que tiver, para sempre.
E as palavras não me pertencem mas também não pertencem a ninguém.
[...]
Se eu tivesse tempo. Um sítio. Jeito. Imaginação. Alguém. Maneira. Ai de ti, se eu tivesse maneira. Vontade. Obrigação. Paciência. Uma história para me contar.
[...]
Se houvesse um amor abandonado à sorte dele, só Deus sabe a companhia que me faria, se eu deixasse. Quantas vezes, ao certo, cheguei eu a perder-te, para as mesmas vezes, vezes dez, enlouquecer de tanto de chamar? Tu dirás.
[...]
Diz o meu nome. Deixa-me ouvir.
[...]
Se eu pudesse. .
[...]
Não me sinto. Não existo já.

[...]
Estamos juntos de vez em quando. É a única coisa com que nos importamos: estarmos juntos de vez em quando, como agora estamos.

[...]
Ela não me ama como eu a amo.
Mas eu também já não a amo como já amei. Mas falamos como se nos amássemos mais que nunca. Nada mais é importante.
[...]

O meu coração morre sozinho, como Deus quiser."

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